Racismo e violência contra criança e adolescente são desafios do país

O Brasil é um país marcado por profundas desigualdades sociais, que afetam especialmente as crianças e os adolescentes negros, indígenas e quilombolas. Esses grupos sofrem com o racismo estrutural, que se manifesta na falta de acesso à educação, à saúde, à cultura, à moradia e à proteção social. Além disso, são vítimas de diversas formas de violência, como o abuso, a exploração, o tráfico, o trabalho infantil e o homicídio.

Segundo dados do Unicef, em 2019, 42% das crianças e dos adolescentes brasileiros viviam na pobreza, sendo que 61% deles eram negros. A taxa de homicídios entre os adolescentes negros era quase três vezes maior do que entre os brancos. Apenas 45% das crianças indígenas estavam matriculadas na educação infantil, contra 53% das não indígenas. E 28% das crianças quilombolas não tinham acesso à água tratada.

Essa situação é inaceitável e exige ações urgentes do Estado e da sociedade para garantir os direitos humanos de todas as crianças e adolescentes, sem discriminação. É preciso combater o racismo e a violência em todas as suas formas, promovendo a inclusão, a diversidade, a participação e a cidadania. Só assim poderemos construir um país mais justo, democrático e solidário.