Você sabia que existem nanocapsulas que podem ser ativadas por calor para liberar medicamentos no interior de tumores? Essa é uma das novidades da nanomedicina, uma área que usa a nanotecnologia para desenvolver soluções para a saúde.
As nanocapsulas são estruturas muito pequenas, cerca de mil vezes menores que um fio de cabelo, que podem transportar substâncias terapêuticas em seu interior. Elas podem ser feitas de materiais biodegradáveis e biocompatíveis, como lipídios, polímeros ou proteínas.
Uma das vantagens das nanocapsulas é que elas podem ser projetadas para se acumular seletivamente em tecidos doentes, como os tumores, e evitar os tecidos saudáveis. Isso pode reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos e aumentar a sua eficácia.
Mas como as nanocapsulas liberam os medicamentos nos tumores? Uma das formas é usar o calor como um gatilho. Por exemplo, as nanocapsulas podem ser sensíveis a temperaturas acima de 40°C, que é a temperatura normal do corpo humano. Assim, elas permanecem fechadas enquanto circulam pela corrente sanguínea, mas se abrem quando chegam aos tumores, que geralmente são mais quentes que o resto do corpo.
O calor pode ser gerado de diferentes formas, como por micro-ondas, ultrassom ou luz infravermelha. Esses métodos podem ser aplicados externamente ou internamente, usando dispositivos implantados ou injetados no corpo.
As nanocapsulas ativadas por calor são uma promessa para o tratamento do câncer e de outras doenças. Elas podem permitir uma entrega controlada e localizada de medicamentos, aumentando a sua eficiência e segurança. No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados, como a estabilidade, a biodistribuição e a biodegradação das nanocapsulas, bem como os possíveis efeitos adversos do calor nos tecidos.