A área de compensação ambiental que foi destinada para a duplicação da rodovia AL-101 Sul, em Alagoas, foi destruída pelo homem. Segundo a reportagem do site G1, a área tinha cerca de 40 hectares e abrigava diversas espécies de fauna e flora nativas da Mata Atlântica. No entanto, o local foi invadido por pessoas que desmataram, queimaram e construíram casas irregulares na área.
A compensação ambiental é uma medida prevista na legislação brasileira para mitigar os impactos causados por obras ou atividades que afetam o meio ambiente. A compensação consiste em destinar uma área equivalente ou superior à afetada para a preservação ou recuperação ambiental. No caso da duplicação da AL-101 Sul, a obra foi licenciada pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) em 2014, e a área de compensação foi definida em 2016.
No entanto, a fiscalização e o monitoramento da área ficaram a cargo do Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas (DER/AL), que não cumpriu com sua responsabilidade. O IMA/AL informou que notificou o DER/AL várias vezes sobre a situação da área, mas não obteve resposta. O órgão ambiental disse que vai multar o DER/AL pela destruição da área de compensação e cobrar a recuperação do local.
A duplicação da AL-101 Sul é uma obra importante para o desenvolvimento econômico e social da região, mas não pode ser feita às custas do meio ambiente. É preciso que os órgãos responsáveis pela obra e pela compensação ambiental cumpram com seus deveres e respeitem a legislação. A área de compensação ambiental não é um espaço vazio, mas um patrimônio natural que deve ser preservado para as futuras gerações.