Aos gritos de “Bolsonaro, ele sim”, travesti é morta no centro de sp

No início desta terça-feira, 16 de outubro de 2018, São Paulo testemunhou uma trágica agressão com possíveis motivações políticas, marcando um episódio sombrio no cenário do Largo do Arouche. Uma travesti, cuja identidade permanece anônima, foi fatalmente esfaqueada após uma discussão com um grupo de aproximadamente quatro homens. Este incidente chocante e repugnante ressoa não apenas como um ato de violência, mas também como um reflexo da tensão política que permeia a sociedade.

O Contexto da Agressão

Por volta das 4h da manhã, a Polícia Militar recebeu um chamado urgente para atender a um incidente na região do Largo do Arouche. A vítima, após uma discussão acalorada em frente a um bar, foi cruelmente esfaqueada pelos agressores, que fugiram do local logo após o ato. A travesti, gravemente ferida, conseguiu percorrer 400 metros antes de colapsar e buscar ajuda junto aos seguranças de um hotel próximo. Infelizmente, sua luta pela sobrevivência foi em vão, pois não resistiu aos ferimentos a caminho do hospital.

Testemunhas Relatam Motivação Política

Dois relatos de testemunhas, concedidos ao portal G1, lançam luz sobre a natureza brutal e perturbadora do incidente. Os agressores, enquanto perpetravam a violência, proferiam palavras de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL). O grito de “Bolsonaro” e a afirmação “ele sim” ecoavam enquanto a travesti era agredida verbal e fisicamente.

Uma proprietária de um bar próximo, que prefere permanecer anônima, relata: “Ela estava com quatro ou cinco homens em frente ao bar. E daí eu comecei a ouvir gritos, uma discussão, uma briga. Chamavam ela de vários nomes, agressões verbais, e gritavam ‘Bolsonaro’.”